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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Festa de Iemanjá


 
A Festa de Iemanjá do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do ano, atrai às praias uma multidão imensa de fiéis e admiradores.
Iemanjá é frequentemente representada sob a forma latinizada de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento. Chamam-na também de Dona Janaína ou Rainha do Mar.

 
No ano de 1923 houve uma diminuição no pescado da vila de pescadores do Rio Vermelho. Tentando buscar ajuda da Mãe D'Água, Iemanjá, saíram a dois de fevereiro para ofertar presentes à rainha das águas.

Ano após ano os pescadores repetiram essa cerimônia. A princípio era feita em conjunto com a Paróquia do Rio Vermelho!

Nos anos 60 houve uma reação da Igreja Católica contra o culto pagão, fazendo com que a festa perdesse, oficialmente, a devoção à santa católica. A Igreja de Santana, localizada no mesmo local da festa, sempre mantém as portas fechadas no dia 2 de fevereiro.

 
 
Hoje em dia as homenagens a essa orixá começam de madrugada, com devotos da Nação e da umbanda colocam as ofertas e bilhetes com pedidos em balaios que serão levados para ao mar.

As pessoas independente de religião comemoram do mesmo jeito, levando flores, perfume, champanhe, velas, mas tem gente que nunca ouviu falar da lenda da Iemanjá.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A Nação

A Nação surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na Africa, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais representantes do Batuque foi o Príncipe Custodio de xapanã.

 





Os Orixás cultuados são os mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações.

Nação Oyo — Se caracterizava principalmente pela ordem das rezas: primeiro tocava-se para todos os Orixás masculinos, depois para os femininos, e finalizava-se com Oyá, Xangô e Oxalá (Oyá e Xangô no final, representando o Rei e a Rainha de Oyó)e dizem também que ao final da cerimônia, os orixás carregavam a cabeça dos animais a eles sacrificados, já em estado de decomposição, na boca.
 
Nação Cabinda — embora de origem bantu não cultua nkisis (muitos desconhecem esta palavra), mas sim Orixás, os mesmos de Ijexá, com acréscimo de algumas qualidades de Bará (Bará Legba) e Oyá (Oyá Dirã, Oyá Timboá) e o culto aos Eguns é muito forte nesta nação, tendo toda a casa de Cabinda o assentamento de Igbalé (casa dos mortos). Nesta nação os filhos de Oxun, Yemanjá e Oxalá podem entrar e sair dos cemitérios quando bem quizerem, sem que sua obrigação ou feitura seja prejudicada, diferentemente das demais nações, onde os filhos destes orixás só podem entrar em cemitérios quando for algo extremamente importante.
 
Nação Jeje — assim como a Cabinda, adotou o panteão Yoruba dos orixás, que são os mesmos de Ijexá, sendo muito comum as casas de Jeje-Ijexá. Muitos sacerdotes da Nação Jeje do Batuque desconhecem a palavra Vodun, embora se tenha relatos de culto a algumas destas divindades antigamente. Os descentendes de Pai Joãozinho do Bará (Esú By) são os que mantém firme as tradições desta nação, como o uso de agdavís em seus rituais (chamado “Jeje de pauzinhos”), o assentamento de Ogun semelhante ao do Vodun Gun no Daomé, e existência de pessoas iniciadas para Dan e Sogbo. As cerimônias se iniciam com a parte Jeje (com cânticos no dialeto fongbe) e a dança em pares (simbolizando o par da criação Mawu-Lisa) e o toque com as “varinhas” e depois a parte Yorubá com as rezas tradicionais do Batuque.
 
Nação Nagô — é muito parecida com o candomblé tanto nas cerimônias como nas características dos Orixás. Nesta nação usa-se sacrificar os animais deitados e não suspensos como nas demais. Está quase extinta.
Entre os Orixás não há hierarquia, um não é mais importante do que o outro, eles simplesmente se completam cada um com determinadas funções dentro do culto. Os principais Orixás cultuados são: Bará, Ogum, Oiá-Iansã, Xangô, Ibeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), Odé, Otim, Oba, Osanha, Xapanã, Oxum, Iemanjá, Oxalá.

domingo, 19 de janeiro de 2014

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IEMANJÁ

 
No arquétipo psicológico, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Iemanjá.
 
Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
 

 
 
Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.
 
Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.
 
 
 
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.
 
Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.
 
Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade .
 
Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.
 
Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Calendário de 2014

 

 
JANEIRO

06/01 Umbanda – segunda

21/01 Exú - segunda

 
FEVEREIRO

01/02 Festa de Iemanjá  - sábado

22/02 Aniversário do Cigano Miguel (sessão de ciganos)  - sábado

24/02 Atendimento de Saúde – segunda

 

MARÇO

08/03 Aré – sábado

10/03 Atendimento de Saúde – segunda

17/03 Umbanda  - segunda

22/03 Exú - sábado

24/03 Atendimento de Saúde – segunda

31/03 Aré - segunda

 

ABRIL

05/04 Exú Cigano – sábado

07/04 Atendimento de Saúde - segunda

26/04 Umbanda Festa de Ogum – sábado – limpeza de carro

28/04 Atendimento de Saúde – segunda

 

MAIO  

05/05 Exú – segunda

10/05 Preto Velho – sábado

12/05  Atendimento de Saúde – segunda

19/05 Cigano Homenagem a Santa Sara – segunda

24/05 Homenagem a Iansã (Umbanda)

26/05 Atendimento de saúde 

 

JUNHO

02/06 Umbanda - segunda

07/06 Exú - sábado

09/06 Atendimento de Saúde – segunda

16/06 Aré (Homenagem ao Pai Bará) - segunda

23/06 ciganos  - segunda

30/06 Atendimento de Saúde – segunda

 

 

JULHO

07/07 Exú – segunda

12/07 Cigano - sábado

14/07 Atendimento de Saúde – segunda

21/07 Umbanda - segunda

26/07 Aré Festa do Pai  Xangô – sábado

28/07 Atendimento de saúde

 

AGOSTO

04/08 Aré – Homenagem a Xapanã - segunda

09/08 Exú - sábado

11/08 Atendimento de Saúde – segunda

18/08 Umbanda – segunda

23/08 Cigano – sábado

25/08 Atendimento de Saúde – segunda

 

SETEMBRO

01/09 Aré – Segunda  

06/09 Caboclos e Pretos Velhos - sábado

08/09 Atendimento de Saúde – segunda

15/09  Exú e exú Cigano - segunda

22/09 Exú Mirim – segunda

27/09 Cosme e Damião - sábado

29/09 Atendimento de Saúde - segunda

 

OUTUBRO

06/10 Exú e Exú Mirim – segunda

13/10 Umbanda – segunda

18/10 Aré - Homenagem a todos os Orixás – sábado

20/10 Atendimento de Saúde – segunda

27/10 Exú e Ciganos – segunda

 

NOVEMBRO

01/11 Exú – Aniversário do Tiriri – sábado (corte)

03/11 Atendimento de Saúde – segunda

10/11 Preto Velho - segunda

17/11 Dia Nacional da Umbanda – segunda

22/11 Cigano – sábado

24/11 Atendimento de Saúde

 

DEZEMBRO

01/12 Caboclos - segunda

06/12 Umbanda Homenagem Oxum - sábado

08/12 Atendimento de Saúde  – segunda

15/11 Exú e Ciganos – segunda

20/12 Aré Limpeza de Final de Ano – Aniversário do Pai Xangô – sábado

22/12 Confraternização – Reunião Geral (todos estão convocados)

 

Observação:

Estas datas e eventos podem ser modificados, se necessário!

Caso isso ocorra, todos serão previamente avisados!

 

Nosso email de contato: titodexango@yahoo.com

Facebook: tito de xangô                                                Telefone para Contato: 93533409

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 5 de janeiro de 2014

Quem é Doum?


          No mês que de setembro se comemora a Festa de São Cosme e São Damião!

Cosme e Damião são padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.




Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real. Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 300. Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada, motivo pelo qual eram chamados de anárgiros, ou seja, aqueles que não são comprados por dinheiro.


Uma característica marcante na Umbanda relaciona Cosme e Damião com entidades infantis (crianças) é que junto a eles aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doum, que personifica as crianças com até sete (7) anos, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.


Doum também é venerado e respeitado como parte da família dos Ibejis, considerado “aquele que não veio”. Por isso, o mito de Doum também serve de consolo quando uma criança morre bebê ou ainda no ventre materno.



Nesses casos, a partida é entendida como o retorno de um desses seres divinos ao mundo do qual não conseguiu se despedir. Mas por serem considerados espíritos infantis, os ibejis são muito confundidos com os erês, que na verdade são espíritos intermediários, mensageiros.


ORAÇÃO A SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Amados São Cosme e São Damião,
Em nome do Todo-Poderoso
Eu busco em vós a bênção e o amor.
Com a capacidade de renovar e regenerar,
Com o poder de aniquilar qualquer efeito negativo
De causas decorrentes
Do passado e presente.
Imploro pela perfeita reparação
Do meu corpo e
Dos meus filhos
( .............) - nome dos filhos
E de minha família.
Agora e sempre,
Desejando que a luz dos santos gêmeos
Esteja em meu coração!
Vitalize meu lar,
A cada dia,
Trazendo-me paz, saúde e tranquilidade.
Amados São Cosme e Damião,
Eu prometo que,
Alcançando a graça,
Não os esquecerei jamais!
Assim Seja,
Salve São Cosme e Damião,
Amém!

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

História de um Preto Velho

Noite na senzala. Os escravos amontoam-se pelo chão arranjando-se como podem. Engrácia entra correndo e vai direto até onde Amundê está e o sacode: - A sinhazinha está chamando, é urgente! - O escravo é conhecido pelas mezinhas e rezas que aplica a todos seus irmãos e o motivo do chamado é justamente esse. O filho de Sinhá Tereza está muito doente. 
 




É apenas uma criança de cinco anos e arde em febre há dois dias sem que os médicos chamados na corte consigam faze-la baixar. Sem ter mais a quem recorrer, no desespero próprio das mães, resolveu seguir o conselho de sua escrava de dentro e chamar o africano. 

 

 
Aproveitando a ida de seu marido à cidade, ele jamais concordaria, manda que venha. Sabendo do que se tratava o homem foi preparado. Levou algumas ervas e um grande vidro com uma garrafada feita por ele e cujos ingredientes não revelava nem sob tortura.
 
Em poucos minutos adentram o quarto do menino e Amundê percebe que precisa agir com presteza. Manda que Engrácia busque água quente para jogar sobe as ervas que trouxe enquanto serve uma boa colherada do remédio ao garoto. Dentro de uma bacia coloca a água pedida e vai colocando as folhagens uma a uma enquanto reza em seu dialeto.
Ordena que desnudem a criança e carinhosamente a coloca dentro da bacia passando-lhe as ervas no pequeno corpo. Nesse instante a porta se abre e surge o Sinhô Aurélio acompanhado do padre da cidade. Tereza grita e corre até o marido desculpando-se. O padre dirige-se a ela com ferocidade: - Como entrega seu filho a um feiticeiro? - dirigindo-se ao marido - Diga adeus ao menino, após passar por essa sessão de bruxaria ele morrerá sem dúvida! Tereza corre até o filho e o cobre com um cobertor enquanto o marido ordena que o escravo seja levado imediatamente ao tronco onde o capataz aplicará o castigo merecido. - Engrácia, acorde todos os negros para que vejam o fim que darei ao assassino de meu filho! Todos reunidos no grande terreiro ouvem a ordem dada ao capataz: - Chibata até a morte!
E vocês - aponta todos os escravos - saibam que darei o mesmo fim a todos que ousarem chegar perto de minha família novamente. As chibatadas são dadas sem piedade, Amundê deixa escapar urros de dor entremeados com rezas o que somente aguça a maldade do capataz.

Lágrimas copiosas correm pelas faces de muitos escravos. Após duas horas de intensa agonia o negro entrega sua alma e seu corpo retesa-se no arroubo final, finalmente descansará. O silêncio do momento é cortado por um grito vindo da principal janela da casa grande: - Aurélio, pelo amor de Deus - é Tereza com o filho nos braços - o menino está curado, a febre cedeu e ele está brincando! Assim morreu Amundê conhecido em nossos terreiros como o velho Pai Francisco de Luanda. Sua benção, meu pai! Permita que jamais voltemos a ver algo tão perverso em nossa história.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO

    
"Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágrimas lhe desciam pela face e não sei por que as contei. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. - Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que externa assim, esta tão visível dor? - Está vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro?
 
 
 
As lágrimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas. - A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender. - A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam. - A terceira, aos maus.
 
 
 
 
A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante. - A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade. - A quinta lágrima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios.
 
 
 
 
Mas se olhares bem, no seu semblante, verá escrito: 'Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zambi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo'. - A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente. - A sétima, filho, notas como foi grande? Notou como deslizou pesada? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos Olhos de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa.
 
 
 
 
Aos que se esquece de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas 'crianças' precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar. Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.