Quando eu entrei na religião, por motivos de saúde, tinha na
época 30 anos. Não sabia absolutamente nada, mas os desafios e necessidades
eram enormes.
Minha mãe teve um enfarto, minha
avó perdendo as pernas e a minha vida pessoal e profissional estava indo de mal
a pior.
Eu tinha de aprender rápido e me
envolver pela necessidade de superar dificuldades. Mas a nossa religião não tem
livros, tudo é feito em conversas e não existe grandes informações na internet.
Tudo se aprende, se ENVOLVENDO!
Minha mãe de santo passava tudo
que sabia para os filhos que chegavam mais cedo, que participavam de atividades
na casa antes das sessões. Muitas tardes ia na terreira para conversar e
aprender. Ela não gostava que anotássemos nada, pois acreditava que deveríamos
aprender e guardar tudo na memória.
Ela tinha cadernos com páginas
amareladas onde realizava algumas anotações sobre os fundamentos da religião.
Mas foi assim que aprendi rápido muitas coisas na religião, vindo mais cedo e
me envolvendo em qualquer que fosse a tarefa que a Mãe precisava.
Quando organizei a terreira
propus algumas ações que podem ajudar nesta evolução que poucos sacerdotes
propiciam aos seus filhos. Temos uma biblioteca com um bom acervo de livros e
alguns polígrafos com o nosso fundamento.
Todos os filhos podem se envolver
em atividades na sexta, sábado (o dia inteiro) e segundas, onde geralmente nas
boas conversas, muitas informações são passadas. Temos um blog (que os antigos
nem querem saber!) e um facebook, onde todos (até assistidos) podem enviar suas
dúvidas.
A maioria dos textos escritos tem
origem em várias perguntas, geralmente feitas por assistidos. Mas, apesar de todos
estes recursos, a principal maneira de se aprender é se ENVOLVENDO. Vir mais
cedo, participar de eventos, PALESTRAS (que poucas terreiras disponibilizam). É
assim que vão evoluir e aprender.
Muito da religião eu passei para
alguns filhos arrumando nossa terreira. Lembro do irmão Juliano, que hoje é
cacique, pintando a casinha das crianças comigo. Muitas perguntas surgiam e foi
assim que aprendeu. A Elsa sempre vinha mais cedo para tomarmos um café e
durante aquela meia hora sempre algum assunto da religião era discutido.
Outra dica para ajudar nesta
evolução é se “encostar” e irmãos mais antigos. A irmã Elsa sempre está
disposta a ensinar e ajudar, mas cabe ao médium QUERER aprender.
Um dos exemplos mais marcantes é
a irmã Vera, que nunca teve contato com a religião, pois sempre foi
Espirita, mas quando recebeu meu convite de organizarmos um trabalho em
conjunto, aprendeu muito participando, se envolvendo, vindo mais cedo, lendo
textos, perguntando, se ENVOLVENDO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário