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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A escrava Anastácia


A história

A Escrava Anastácia era dotada de rara beleza, tinha os olhos azuis, era muito inteligente e tinha o dom da cura, ela apenas impunha as mãos, e as doenças desapareciam. Foi perseguida e contestada pela igreja católica.
A beleza e a inteligência de Anastácia incomodavam a mulheres das Minas Gerais que também a perseguiam por inveja. Os homens a perseguiam querendo dela tirar proveitos sexuais. Mas Anastácia era protegida pelo senhor Joaquim Antônio, o filho da dona do Engenho, a Srª Joaquina Pompeu, e então, este não lhe permitia qualquer tipo de maldade.
Mas Joaquim Antônio estava há muito apaixonado por Anastácia, e começou a assediá-la, rogando o seu amor que é negado. A escrava dizia: "Nenhum homem branco será capaz de amar Anastácia!"
Então, o senhor movido pelo ódio diz: "Negra maldita! Ninguém mais verá a tua beleza!". E manda que se coloque em Anastácia uma máscara em sua boca (máscara de flandes – utilizada nos escravos nas minas de carvão para que não engolissem as pepitas de ouro) e também o colar de ferro dos negros fujões.
 



 
Anastácia vive assim durante anos, só sendo permitida a retirada da máscara para sua alimentação. Os anos passam e a escrava adoece gravemente, e mesmo antes de morrer ela é capaz de curar o filho do senhor de engenho que tem uma doença pulmonar grave. A seguir a Escrava Anastácia morre tomada pela gangrena em seu pescoço e boca. Então a partir desta data se espalha por quase todo o país os fatos que ocorreram, permanecendo até os dias de hoje os relatos de promessas e curas alcançadas.

História de uma princesa Bantu (a sua história)
Versão extraída do livro "Anastácia - escrava e mártir negra", de António Alves Teixeira (neto) da editora Eco.

Descoberto que foi o Brasil, em 1500 vieram logo os primeiros colonizadores e os primeiros governantes, necessário se fazia, desde então o desenvolvimento da terra, especialmente a lavoura. Daí o terem vindo os célebres Navios Negreiros aprisionando os pobres negros africanos, para aqui serem entregues como escravos e vendidos.


Eram os infelizes negros oriundos da Guine, Congo e Angola. Entre eles veio Anastácia uma princesa Bantu, destacando-se pelo seu porte altivo, pela perfeição dos traços fisionómicos e a sua juventude.
Era bonita de dentes brancos e lábios sensuais, olhos azuis onde se notava sempre uma lágrima a rolar silenciosa. Pelos seus dotes físicos, presume-se tenha sido aia de uma família nobre que ao regressar a Portugal, a teria vendido a um rico senhor de Engenho. Pelo seu novo dono, foi ela levada para uma fazenda perto da Corte, onde sua vida sofreu uma brutal transformação.

Cobiçada pelos homens, invejada pelas mulheres, foi amada e respeitada por seus irmãos na dor, escravos como ela própria bem como pelos velhos que nela sempre encontraram a conselheira amiga e alguém que tinha "poderes" de cura para os males da alma e corpo.

Estóica, serena, submissa aos algozes até morrer, sempre viveu ela. Chamavam-na Anastácia pois não tinha documentos de identificação, por ela deixados na pátria distante. Trabalhava durante o dia na lavoura, certo dia veio a vontade de provar um torrão de açúcar. Foi vista pelo malvado do feitor que, chamando-a de ladra, colocou-lhe uma mordaça na boca. Esse castigo era infame e chamara a atenção da Sinhá Moça, vaidosa e ciumenta que ao notar a beleza da escrava, teve receio que seu esposo por ela se apaixonasse, mandou colocar uma gargantilha de ferro sem consultar o esposo.

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Os 7 mandamentos da Umbanda


Os Sete Mandamentos da Umbanda

1.Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti;

A pior coisa que existe é um médium que reclama de todos, mas não faz a sua parte dentro de um terreiro de Umbanda!

O verdadeiro Umbandista é aquele que vigia o que fala e principalmente se é coerente com que prega! Não adianta falar uma coisa e fazer outra!


2.Não cobices o que não te pertence;

Muitas pessoas que serão atendidas irão ganhar mais, crescer mais e o médium tem de compreender que ele é um instrumento de mudança e caridade!

Não devemos fazer caridade esperando algo material em troca!

Nossa missão é ajudar e fazer a caridade! Se por ventura formos merecedores iremos agradecer aquilo que vamos ou não receber!

3.Ajuda os necessitados sem fazer perguntas;

Não estamos na terreira para julgar! Estamos somente prontos para servir! Isso não quer dizer que depois disso não iremos cobrar uma reforma íntima! O assistido também tem sua responsabilidade!

4.Respeita todas as religiões, pois todas provêm de Deus;

Quem muito se preocupa com as outras religiões não está fazendo sua parte! Devemos respeitar as outras religiões, suas diferenças e suas normas!

Quem trabalha na caminhada, quem se envolve com a missão não tem tempo para ficar cuidando e criticando as outras religiões! Pelo contrário, devemos estimular que todo ser humano se encontre em alguma religião, pois todas provêm de Deus. O importante não é a religião que frequenta, mas sim, se esta envolvido e comprometido com a missão que nos foi dada!

5.Não critiques o que não compreendes;

O estudo deve ser permanente, para não falarmos aquilo que não conhecemos! Devemos sempre buscar orientações do plano espiritual quando temos dúvidas e sempre lembrar que é melhor fazer do que falar.

6.Cumpre a tua missão, mesmo que isso signifique sacrifício pessoal;

O médium deve saber que este dom vem junto com o sacrificio! Nada vem de graça! Tudo depende de muito trabalho, dedicação e fé!

Trabalhamos para evoluir e praticar a caridade, sem esperar nada em troca! Mas tenha a certeza, por experiência própria, que se fizer com amor e humildade certamente irá ser valorizado pelo plano espiritual.

Não que isso seja relacionado com algo material, mas pela satisfação de saber que contribuiu para que outros superassem suas dificuldades! 

7.Afasta-te dos que praticam o mal e resiste à tentação.

Chega um momento que devemos caminhar com aqueles que querem ser ajudados, que querem fazer sua reforma íntima e não ficam escondidos em suas desculpas!

Cada um tem o livre arbítrio! Mas aqueles que não querem mudar, não querem evoluir não farão parte de sua vida! Pois os valores serão muito importantes!

Continuaremos orando por eles, mas não caminharemos  mais ao mesmo lado, pois todo médium tem sua conduta e responsabilidade perante suas entidades e ser honesto, ser justo, etc não é um favor, é uma obrigação!

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dicionário em Yorubá

A
Abadá – Blusão usado pelos homens africanos.
Abadô – Milho torrado
Abebé – Leque.
Abassa – Salão onde se realizam as cerimônias públicas do camdomblé, barracão.
Adé – Coroa.
Adie – Galinha.
Adupé = Dupé – Obrigado.
Afonja – É uma qualidade de Xangô.
Agbô – Carneiro.
Aguntam – Ovelha.
Ajeum – Comida.
Alabá – Título do sacerdote supremo no culto aos eguns.
Aledá – Porco.
Alaruê – Briga.
Alubaça – Cebola.
Axó – Roupa.
Axogum – Auxiliar do terreiro, geralmente importante na hierarquia da casa, encarregado de sacrificar os animais que fazem parte das oferendas aos orixás.


B
Baba – Pai.
Babaojê – Sacerdote do culto dos eguns; Ojé é o nome de todos iniciados no culto aos eguns.
Babassá – Irmão gêmeo.
Balê – Casa dos mortos.
Balé – Chefe de comunidade.
Beji – Orixá dos gêmeos.
Biyi – Nasceu aqui, agora.
Bô – Adorar.


C
Conguém – Galinha da Angola.
Cambaú – Cama.
Cafofo – Túmulo.
Caô – É um tipo de Xangô.
Catular – Cortar o cabelo com tesoura, preparando para o ritual de raspagem para iniciação no Candomblé.
Cutilagem – É o corte que se faz na cabeça do iniciado; é realizado para abrir o canal energético principal que o ser humano tem no corpo, exatamente no topo da cabeça,(no Ori), por onde vibra o axé dos Orixás para o interior de uma pessoa.


D
Dã – Orixá das correntes oriundas do Daomé.
Dara – Bom, agradável.
Dide – Levantar.
Dagô – Dê licança.
Dê – Chegar.
Dudu – Preto.

E
Edu – Carvão.
Eiyele – Pombo.
Elebó – Aquele que está de obrigação.
Eledá – Orixá guia.
Erú – Carrego; carga.
Equê – Mentira.
Esan – Vingança.
Emi – Vida
Enu – Boca
Eran – Carne
Ejó – Cobra.
Egun – Alma, espírito.
Epô – Azeite ou Dendê
Epô-pupa – Azeite de dendê
Eró – Segredo


F
Fá – Raspar
Fadaka – Prata
Filá – Gorro
Funfun – Branco
Fenukó – Beijar
Ferese – janela
Fo – Lavar
Fún – Dar
Farí – Raspar cabeça.


G
Ga – Alta, grande
Ge – Cortar
Gari – Farinha
Gururu – Pipoca


I
Ia – Mãe
Ia ia – Avó
Ialorixá – Mãe de santo (sacerdote de orixá)
Iban – Queixo
Idí – Ânus, nádega
Ibô – Mato
Ibó – Lugar de adoração
Ilê – Casa
Ibá – Colar, cheio de objetos ritualístico
Inã – Fogo
Ijexá – Nome de uma região da Nigéria e de um toque para os Orixás Oxum, Ogum e Oxala.
Ipadê – Reunião
Ida – Espada
Ida-oba – Espada do Rei
Ideruba – Fantasma
Idodo – Umbigo
Ifun – Intestino
Idunnu – Felicidade
Igi – Árvore
Ijo – Dança
Iku – Morte
Iyabasé – Cozinheira
Iyalaxé – Mãe do axé do terreiro


J
Jajá – Esteira
Jalè – Roubar
Ji – Acordar, roubar
Jeun – Comer
Jimi – Acorda-me
Joko – Sentar
Jade – Sair
Jagunjagun – Guerreiro, Soldado


K
Kà – Ler, contar
Kan – Azedo
Kekerê – Pequeno
Koró – Fel, amargo
Kòtò – Buraco
Kuru – Longe
Ko Dara – Ruim
Ku – Morrer
Kosi – Nada


L
Là – Abrir
Lê – Forte
Lile – Feroz, violento
Liló – Partir
Larin – Moderado
Ló – Ir
Lailai – Para sempre
Lowo – Rico
Lu – Furar
Lodê – Lado de fora, lá fora
Lodo – No rio
Lona – No caminho


M
Malu – Boi
Meje – Sete
Mun – Beber
Muló – Levar embora
Mojubá – Apresentando meu humilde respeito
Mo – Eu
Mí – Viver
Mejeji – Duas vezes
Mandinga – Feitiço
Maleme – Pedido de perdão
Mi-amiami – Farofa oferecida para exu
Modê – Cheguei


N
Ná – Gastar
Ní – Ter
Níbi – No lugar
Nítorí – Por que
Nu – Sumir
Najé – Prato feito com argila
Nipa – Sobre
Nipon – Grosso.


O
Obé – Faca
Obé fari – Navalha
Oberó – Alguidar
Obirim – Mulher, feminino
Ojiji – Sombra
Oju ona – Olho da rua, ( caminho )
Okó – Pênis
Omi – Água
Omi Dudu – Café preto
Otí – Álcool
Owo – Dinheiro
Oyin – Mel
Obá – Rei
Odé – Caçador
Orun – Céu
Ofá – Arco e flecha
Olorum – Deus
Ota e Okuta – Pedra
Odo – Rio
Obo – Vagina
Otin nibé – Cerveja
Otin Dudu – Vinho tinto
Otin fum-fum – Aguardente
Odê – Fora, rua
Olodê – Senhor da rua
Omo – filho, criança.
Ongé – Comida


P
Pá – Matar
Pada – Voltar
Padê – Encontrar
Paeja – Pescar
Peji – Altar
Pelebi – Pato
Pupa – Vermelho
Paki – Sala
Patapá – Burro
Pepelê – Banco


R
Rà – Comprar
Rere – Muito bem
Re – Ir
Rìn – Trabalhar
Rí – Ver
Ronu – Pensar
Roboto – Redondo


S
Sanro – Gordo
Sare – Rápido, correr
Sínun – Dentro
Sise – Trabalho
Sun – Dormir
Sarapebé – Mensageiro
Sòrò – Falar
Si Ori – Abrir a Cabeça


T
Tata – Gafanhoto
Tèmi – Meu, minha
Toto – Atenção
Titun – Novo
Tóbi – Grande, maior
Tàbá – Tabaco, fumo
Tete – Aplicado
Tanã – Vela, lâmpada
Tún – Retorno
Taya – Esposa
Tutu – Frio, gelado


W
Wa – Nosso
Wèrè – Louco
Wúrà – Ouro
Wu – Desenterrar
Wun ni – Gostar
Wakati – Hora
Wara – Leite


X
Xaorô – Tornozeleira de palha da costa usada durante o recolhimento para o processo de iniciação.
Xarará – Instrumento simbólico do Orixá Obaluaiyê
Xê – Fazer
Xirê – Festa, brincadeira


Y
Yàgó – Licença
Yan – Torrar
Yaro – Ficar aleijado
Yiyan – Assado
Yonrin – Areia
Yama – Oeste
Yara-ypejo – Sala

Oração dos Orixás

Que a irreverência e o desprendimento do Bará nos animem a não encarar as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que nós aprendemos que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso! Alupô!
 
Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam nosso caminho e seu escudo nos defenda. Ogum yê meu pai!
 
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure nossas energias, mantendo nossa mente sã e corpo são. Ewe ossanhe.
 
Que Oxum nos dêem a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos. Ora yeyêo Oxum!
 
Que os raios de Iansã alumiem nosso caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de nós se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossos fraquezas. Êpa hey oyá!
 
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso. Caô! Caô cabecilê!
 
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor e que seu seio materno nos acolha e nos console. Odoyá Iemanjá!
 
Que as cabaças de Xapanã tragam não só a cura de nossas mazelas corporais, como também ajudem nosso espírito a se despojar das vicissitudes. Atotô Obaluaiê!
 
Que a vitalidade dos Ibeijis nos estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que nós não percamos a pureza mesmo que, ao nosso redor, a tentação nos envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral! Oni di beijada!
 
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegaremos ao nosso objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior! Êpa babá Oxalá!
 
Que assim seja! Porque assim será! Porque assim o é!
 
Axé

A Menstruação na visão dos Orixás

Em todas as festas e reuniões dos orixás, Oxalá fazia questão de que Oxum sentasse aos seu lado, causando o ciúmes das outras divindades femininas com o passar do tempo.

Certo dia, elas resolveram fazer um preparado grudento e o colocaram no lugar ao lado de Oxalá antes de uma festa.
 
 
 
Ao chegarem os orixás, Oxum sentou-se em cima do preparado, no lugar mais próximo de Oxalá, como já era esperado.
 
 
Então, quando Oxalá chegou, todos os demais se levantaram em respeito, e Oxum levantou-se tão rápido, que a pele permaneceu no assento. Oxum começou a sangrar, e Oxalá decretou daquele dia em diante, que todas as mulheres sangrariam de tempos em tempos, e seria Oxum quem cuidaria delas durante o período.”

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

sessão do dia 18 de novembro (fotos)

Fotos da sessão do dia 18 de novembro - dia da Umbanda!

Alyson estava muito bem no tambor!

Alyson e Mauricio estavam afinados!

Respeito e fé!

Muita energia!

Cosmes cuidando das crianças!

Cosme damião a sua casa cheira.....

Muita concentração!

Fé!

Os pretos velhos estavam com tudo na Festa!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A lenda de Xapanã



“Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orisás.

Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência (cheio de chagas e feridas pelo corpo). Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.

Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.

Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele.

Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (gira) estava animado.

Os Orixás dançavam alegremente. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha, levantou-lhe as palhas que cobriam sua pestilência. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o orixá das doenças, transformara-se num jovem, num jovem belo e encantador.


 


Xapanã e Iansã tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.”

A Lenda da orelha de Obá

“Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, pois ela era forte e corajosa.
 
A primeira mulher de Xangô foi Iansã que era bela e fascinante.
 
A segunda foi Oxum, que era vaidosa. Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum. Ambas disputavam a preferência do amor de Xangô. Obá procurava, sempre, surpreender o segredo das receitas utilizadas por Oxum quando esta preparava as refeições de Xangô.
 
Esta era jovem e elegante Obá era mais velha e usava roupas fora de moda. Nem chegava a se dar conta disto, pois pretendia monopolizar o amor de Xangô. Com este objetivo, sabendo o quanto ele era guloso, procurava surpreender os segredos das receitas na cozinha, utilizadas por Oxum quando preparava as comidas de Xangô,  Oxum, irritada, decidiu pregar-lhe uma peça.
 
Um belo dia pediu-lhe que viesse assistir um pouco mais tarde a preparação de um determinado prato, que segundo ela disse maliciosamente, realizava maravilhas junto a Xangô, o esposo comum.
 
Obá apareceu na hora indicada. Oxum tendo a cabeça atada por um pano que lhe escondia as orelhas, cozinhava uma sopa, na qual boiava dois cogumelos.
 
 
 
Oxum mostrou-os a sua rival, dizendo-lhe que havia cortado as próprias orelhas e colocando-as para ferver na panela, a fim de preparar o prato predileto de Xangô. Este chegando logo depois tomou a sopa com apetite e deleite e retirou-se gentil e apressado na companhia de Oxum.
 
Na semana seguinte era a vez de Obá cuidar de Xangô e ela decidiu por em prática receita maravilhosa. Cortou uma das orelhas e a cozinhou em uma sopa destinada a seu marido. Este não demonstrou nenhum prazer em vê-la com a orelha decepada e achou repugnante o prato que lhe serviu.
 
Oxum apareceu neste momento, retirou seu lenço e mostrou que as suas orelhas jamais haviam sido cortadas, nem devoradas, por Xangô. Começou então a caçoar da pobre Obá, que, furiosa, precipitou-se sobre sua rival. Seguiu-se uma luta corporal entre elas. Xangô, irritado, fez explodir seu furor.
 
Oxum e Obá, apavoradas, fugiram e transformaram-se nos rios que levam seus nomes. No lugar da confluência dos dois cursos de água as ondas tornam-se muito agitadas em consequência da disputa das duas divindades pelo amor de Xangô.”

ORIXÁ IEMANJÁ


ORIXÁ IEMANJÁ

Deusa da nação de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá ou Iemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada, é tida como mãe de todos os Orixás. Por isso à ela também pertence a fecundidade.
É protetora dos pescadores e jangadeiros.
Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples.

Detalhes do Orixá:

Saudação: Omiô Odô ou Odô iyá, Odô Fiaba

Dia da Semana: Sábado

Número: 08 e seus múltiplos

Cor: Cristal em azul claro ou azul claro com branco  

Oferenda: canjica branca, com cocada e mel.


 

Ferramentas:

Ave: galinha branca ou pata ou marreca (meio quatro pés).

Quatro pés: ovelha ou cabrita branca.

Origem: Nigéria.

Ervas: colônia, pata de vaca, embaúba, abebê, jarrinha, rama de leite, aguapé, lágrima de Nossa Senhora, araçá da praia, flor de laranjeira, guabiroba, jasmim, jequitibá rosa, malva branca, marianinha, trapoeraba azul, musgo marinho, rosa branca e folha de leite.

Símbolos e ferramentas: sol (oru), lua cheia (ochú), âncora (dakoduro), um Salva-Vidas (yika), uma canoa (okokeré), ou um barco (oko), sete ramos (alami), sete aros de prata (bopa), uma chave (chileku), e uma estrela (irawo), etc.

Pontos da Natureza: Mar.

Flores: rosas brancas, palmas brancas, palmas azuis, angélicas, orquídeas e crisântemos brancos.

Essências: jasmim e alfazema.

Pedras: pérola, água marinha, lápis-lazúli, calcedônia, turquesa.

Colar: Contas de vidro transparente.

Metal: prata.

Planeta: lua.

Elemento: água.

Bebidas: água mineral e champagne.

Comidas: peixe, camarão, canjica, arroz, manjar e mamão.

Data Comemorativa: 02 de fevereiro (em nossa casa)
 
 

O arquétipo dos filhos de Iemanjá:

As pessoas de Iemanjá são sérias e impetuosas, dominando a todos e fazem-se respeitar. Dificilmente perdoam os erros dos semelhantes. Gostam de testar as pessoas.
 

Seu temperamento é muito difícil, são bravas, nervosas, mas possuem um coração grandioso. Dedicados aos parentes e amigos, preocupam-se com os outros e consigo. Gostam de coisas luxuosas. São honestas, gostam da casa e da família, são ótimas esposas, mães ou pais.

Ser médium em nossa Terreira.


Não basta ir ao terreiro, colocar roupas, guias  e receber as suas entidades e ficar dançando, bebendo e fumando a noite toda. Para ser um umbandista é preciso levar à sério a religião e estar em sintonia com as suas entidades: Mas como adquirir essa sintonia?

Essa sintonia é algo que só você pode criar, principalmente cumprindo da maneira correta as suas obrigações espirituais e realizando sua reforma íntima. Não é difícil, porém importante, pois ela é necessária para que você possa não só evoluir espiritualmente, como também saber lhe dar com as suas entidades, e tirar delas a ajuda necessária tanto para você como para as outras pessoas e a si mesmo!





Em primeiro lugar aprenda a valorizar a entidade que você tem, mesmo que ela ainda não se manifeste, ou dê consultas, ela existe e está ali para lhe ajudar na sua evolução espiritual e prestar a caridade.

Após, é importante verificar o que deve mudar! Não adianta pregar honestidade, simplicidade, justiça, etc, e fora da terreira ser totalmente oposto a estes ensinamentos!

Existem atitudes simples que fazem muita diferença, pois respeitar e mostrar aos seus guias que você se preocupa e se interessa por eles, é uma forma de mantê-los sempre perto de você. E estas entidades vendo que você esta mudando, buscando ser uma pessoa melhor, certamente também fará a sua parte!



Outra coisa muito importante para essa sintonia é NÃO FAZER O MAL (aos outros e a si próprio), pois o princípio da umbanda é a caridade, e se você pede o mal ao seu guia, você pode até conseguir, mas estará agindo em contrariedade com o princípio da umbanda.
O ideal é pedir justiça à Xangô, pois se você estiver na sua razão ele irá lhe ajudar, dando a cada uma das partes oque é do seu merecimento.

Seja puro,verdadeiro e tenha fé,pois o lado espiritual é algo que existe em cada um de nós,e não podemos e nem devemos desprezá-lo.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dia da Umbanda

15 de Novembro:

  Nessa data, em 1908, manifestou-se pela primeira vez, numa sessão da Federação Espírita, em Niterói, uma entidade que declarou trazer a missão de estabelecer um culto, no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual, organizado no plano astral do Brasil.


Casa das Neves, em São Gonçalo-RJ


 Na época, esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas, mas as suas mensagens eram recusadas, por serem eles considerados atrasados, tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam.

A entidade, que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual, deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.

No dia seguinte, verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes, de tradicional família fluminense. A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto, que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda, cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual, através de passes, desobsessões e curas de enfermos.

Zélio Fernandino de Moraes - Fundador da Umbanda.



O templo, que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funciona ainda hoje, no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio ) num sítio em Boca do Mato, Cachoeiras de Macacu, completando, em Novembro próximo, 69 anos de atividade.
Prosseguindo a sua missão, o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7 templos, cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera, às quintas-feiras à noite, para esclarecimentos sobre a doutrina espírita, o Evangelho e as normas ritualísticas da Umbanda.

Estas normas determinavam: médiuns uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas ritmadas; preceitos baseados apenas em água, amaci de ervas, flores e pemba, atendimento totalmente gratuito, não sendo admitido estabelecer nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma. Os templos, organizados administrativamente, mantinham-se pelas contribuições dos associados.

Milhares de templos, em quase todos os Estados, descendem desse grupo inicial, conservando, em sua maioria, a pureza da doutrina e da ritualística. Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada, de início, Lei de Umbanda, ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se, portanto, a escolha da data de 15 de Novembro, por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas: Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República, em 1889, o Estado deixou de ter uma religião oficial, permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina, se difundissem livremente.

(Jornal “Gira de Umbanda” 1976)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sessão do Dia 11


EXU TIRIRI DA CALUNGA

 
O Guardião Tiriri da Calunga e de grande força, atuar em despachar trabalhos nas encruzilhadas, matas, rios, cemitérios etc. Sobre sua caracteristicas físicas apresenta-se com grandes traços orientais, anda de preto, com um gato preto, possui cabelos lisos como de japonês, possui uma capa preta e vermelha, usa bengala ou um bastão na sua mão. Ele vem na Linha de Oxalá. (Conforme alguns estudiosos).
 
 
 
Em nossa casa, o nosso Tiriri tem um cavanhaque e possui duas guampas! Mas não tem relação com o diabo da Igreja Cristã, mas é somente sua fisionomia!



 
É um exu rebelde, de acordo com as "lendas" ele se apaixonou pela filha de um rei, e o mesmo sabendo disto, o aprisionou numa torre!

 
Mesmo sendo rebelde, ele também é um exu bastante sedutor, chama atenção de homens, crianças e hipnotiza as mulheres! Mas não adimite que seus médiuns sejam mentirosos, que cometam adultério ou que tenham uma vida sem disciplina!
 
Exú Tiriri!
Até porque Tiriri , segundo algumas histórias, em vida vivia em jogos de azar e traia sua mulher e por isso acabou se suicidando!

 
Dama da Noite - Esposa de Tiriri!
Tiriri é considerado o "Senhor da vidência" ou aquele que vê mais além!
 
 
           Dependendo do tipo de Tiriri dependerá do tipo de Pombagira que o acompanha nos trabalhos. A parceira de cada exú se evidencia nas zimbas (pontos riscados), as quais são antigos símbolos, os quais representam o lugar onde vive o exú, seu nome e sua parceira como temas principais, também se podem ler nas mesmas partes da vida terrena deste exú.
Em nossa casa a companheira dele é a Dama da Noite! Mas ele também tem como companheira a Maria Padilha!
 
 
 
           Seu poder é: sobre a solidão, esperança, planejamento, meditação e saúde.
 

Orixá Oxalá

Sobre o Orixá:
Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana.

Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam.

O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.

Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo (Oxalá de Orumilaia dono da visão no jogo de búzios).





Detalhes do Orixá:

Saudação: Epaô Baba
Dia da Semana: Domingo
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: Branco e Branco com preto para Oxalá de Oromilaia
Guia: toda branca ou 01 branca, 01 preta, 01 branca para Oxalá de Orumiláia
Oferenda: canjica branca, merengue e mel

Ferramentas: jóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios, para Oxalá de Oromilaia acrescentamos olhos de prata
Ave: Galinha branca e galinha preta para Oxalá de Oromilaia
Quatro pé: cabrita branca e cabrita branca com pequenas manchas pretas para Oxalá de Oromilaia



Sincretismo Religioso:


Oxalá Obocum e Oxalá Olocum: Menino Jesus de Praga
Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus
Oxalá de Oromilaia: Espírito Santo ou Santa Luzia


Os Arquétipos (filhos):


Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros, são introvertidos, tranqüilos e reservados.
Uma característica marcante é a honestidade. Alguns possuem uma leve sobressalência nas costas (corcunda).
Os filhos de Oxalá são calmos, responsáveis, reservados e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Orixá Oxum

Oxum é muito bonita, charmosa, e possessiva. É intuitiva e sente quando algo não está bem.
É uma boa anfitriã e tem boa fé, não percebendo a maldade dos inimigos.
Nome de um rio na Nigéria, em Ijexá e Ijebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, riqueza e do amor.
A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
Dona dos rios e cachoeiras gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras pertencem a este Orixá. O casamento,
o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por consequência, a felicidade. O ouro e o dinheiro
em todas as suas espécies também são de Oxum. Pela hierarquia é o primeiro Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá,
formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande.


Detalhes do Orixá:
Saudação: Ieieu
Dia da Semana: Sábado
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: Todos os tons de amarelo (amarelo claro: Oxum Pandá, amarelo escuro: Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô)
Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com o Orixá (amarelo claro: Oxum Pandá, amarelo escuro: Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô)
Oferenda: Oxum Pandá - canjica amarela cozida, quindim, pêssego em calda, mel e bala de mel; e as outras canjica amarela cozida, quindim e mel

Ferramentas: todos adornos femininos em ouro, peixe, leque, caramujos, coração, moedas e búzios
Ave: Galinha amarela clara para Oxum Pandá e Demum e galinha amarela ou vermelha para Oxum Docô
Quatro pé: cabrita branca ou amarela



Sincretismo Religioso:

Oxum Pandá Ibedji: Nossa Senhora de Fátima
Oxum Pandá: Nossa Senhora de Fátima quando faz adjuntó com Bará Agelú, Nossa Senhora do Rosário quando faz adjuntó com Ogum Adiolá, Nossa Senhora de Lourdes quando faz adjuntó com Xangô Agandjú, Nossa Senhora das Graças quando faz adjuntó com Oxalá Bocum, Imaculada Conceição quando faz adjuntó com Oxalá Olocum e Sagrado Coração de Jesus quando faz adjuntó com Oxalá Olocum
Oxum Demun: Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição
Oxum Docô: Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora Aparecida

Os Arquétipos (filhos):

As pessoas de Oxum são extremamente sensuais e perfumadas.
São vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
São boas donas de casa e companheiras, despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.

O DIA DE FINADOS NA UMBANDA



Dia 2 de novembro, por tradição é o dia de finados.

Para os Umbandistas, em especial aos que pertencem ao Centro Africano Xangô Agodô é uma data importante porque lembramos daquelas pessoas que partiram para outro plano espiritual!

Contudo, devemos lembrar que nosso Centro tem como fundamento básico celebrar a vida e não cultuar a morte! De qualquer forma, é importante durante toda caminhada do médium se preparar para quando ele e os seus desencarnem!

 

Aqui no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Temos durante nosso período de vida neste plano realizar nossa reforma íntima e nos prepararmos para uma vida melhor, após a morte!



Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.


Logo, se o ser vibrar ódio, um lugar com seres odiosos será sua morada. Se vibrar o amor, sua morada será um lugar agradável. Nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte.


Então, nada se acabará com o fim da vida física, quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o início de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim, o contrário acontece quando reencarnamos: ”morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico.


Nós umbandistas, devemos nos preocupar com o que criamos em vida, pois já podemos desconfiar do resultado no desencarne. A Umbanda não crê em ressureição!
No dia de finados, é fundamental que o umbandista vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao Pai Oxalá que ilumine a todos ,pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas suas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate, e, aquele que já esteja em situações privilegiadas, então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.


Existe todo um procedimento para a Cerimônia do Funeral Umbandista, que é realizado pelo Sacerdote, um ajudante e um parente antes da cerimônia social.

 




OFERENDA PARA O PAI Xapanã (Orixá dos Mortos)

 

· Toalha ou pano branco e preto sobreposto formando oito pontas ou bicos.


· Velas branca, preta e vermelha


· Fitas branca, preta e vermelha


· Linhas branca, preta e vermelha


· Pembas branca, preta e vermelha


· Flores- crisântemos branco e roxo, flores do campo, rosas branca, cipestre.


· Frutas- maracujá, ameixa preta, ingá e figo.


· Comidas- pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel, batata-doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com azeite de dendê.


· Bebidas- água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã.


Local para oferenda- nos cemitérios




Obs:- para a oferenda , não é obrigatório o uso de todos os elementos; você pode escolher aqueles que desejar ou tiver condições de adquirir ,o importante é o seu sentimento, aquilo que você trás no seu íntimo é na realidade o que vai ser oferecido ao Orixá.

 

Os elementos de uma oferenda são importantes , pois serão usados pelo Orixá em seu próprio benefício mas , o que você tem em seu íntimo é o que vai determinar o resultado final da oferenda.


Benção de Pai Xapanã a todos!!!!!

 

Orixá Xapanã


Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil.

Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece.

Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.


Detalhes do Orixá:

Saudação: Abao
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: lilás.
Guia: uma conta vermelha e uma preta
Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo
Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, 7 moedas e 7 búzios.
Ave: Galo Carijó(preto e branco) ou vermelho
Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto



Sincretismo Religioso:

Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá
Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã
Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá

Os Arquétipos (filhos):

Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.


domingo, 3 de novembro de 2013

Fotos do aniversário de 5 anos da terreira!

Há 5 anos atrás nascia um sonho! O sonho de uma terreira onde a evolução espiritual e a reforma íntima seriam as metas para serem atingidas!
Tudo com muita simplicidade, amor e respeito aos orixás e entidades da Umbanda e Quimbanda!
Cada um que foi chegando a casa tem uma história de vida, que se confunde com cada tijolo ali levantado!
Estas fotos retratam um pouco da emoção de estarmos juntos neste momento especial, onde cada médium, assistido, sócio da casa, etc se fizeram presentes nesta pequena homenagem ao primeiro guia que chegou ao nosso Ilê, o exú Tiriri.
Nesta noite foi feita uma festa e uma janta de gala para comemorarmos estes cinco primeiros anos de nossa terreira! Apesar de não estarmos em um local de grife e nem termos jantado algo mais sofisticado, a festa era de gala porque reunia sonhos, pessoas que respeitam a religião e entendem que Jesus era um carpinteiro e que o mais lindo está nas coisas simples e humildes, que são fundamentos básicos de nossa religião!

Agradeço de coração a todos que de uma forma ou outra contribuíram nestes cinco anos, construindo, decorando, orando e trabalhando na religião. Que o Pai Xangô abençoe todos vocês!
Pai Tito de xangô

Exú Tiriri - guardião da casa




Exú Tiriri

Muita Energia!



Zé Pilintra e Exú Tiriri

Muita Fé!



Pouco espaço e muita energia!

Respeito!

Nossa janta de Gala, pois é na simplicidade que fazemos Religião!

Tamboreiro Anderson e Exú Caveira!


Eu vou chamar todas as Marias!


Grupo de pagode "Vai que é Macumba" alegrou a Festa!