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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Que Terreira queremos frequentar?

Existem muitas terreiras em Porto Alegre! E muitas delas vivem da religião, prometendo milagres, serviços fora da realidade e só se preocupam com o retorno financeiro.
Serviços, como por exemplo trago seu amor em sete dias, destrói com a imagem de nossa Religião. A verdadeira religião motivaria a pessoa que está pedindo este serviço a vir na casa para reformular o que fez de errado nesta relação, que deu errado, e com esta reforma íntima, mudar e poder viver outra relação com mais maturidade.
Uma pessoa precisar da religião para que seja amado por alguém resume infelizmente os pequenos valores que está pessoa atualmente se encontra. E já dá para entender o porque teve insucesso em seu relacionamento.
Muito vão na religião buscando ouvir somente o que lhe deixam felizes. Não querem escutar das entidades onde estão seus erros, onde podem melhorar, etc. Querem que tudo mude rapidamente, mas sem que o mesmo mude em nada.
Quando eu era ainda um filho da corrente, escutei de minha mãe de santo que se queríamos uma casa cheia, bastava prometer milagres, ter como foco namoros e sempre dizer nos jogos que “estão te enviando feitiço”!
Mas que casa queremos frequentar? A nossa tem como foco a evolução das pessoas, superando defeitos e melhorando atitudes. Temos como base a saúde, onde nunca perdemos uma sequer criança, apesar de muitas quando grávidas estarem desacreditas pelos médicos, e principalmente no crescimento do ser humano.


É isso que queremos? Ou buscamos soluções milagrosas e sem noção nenhuma para nossas vidas? 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Sacrifício de animais


Nossa terreira tem três alicerces que regem nossos trabalhos: a umbanda, a quimbanda (povo de almas e ciganos) e a nação (orixás).
Cada lado tem seu fundamento específico, mas interligados pela energia e principalmente pela missão, que é a de ajudar a todos que necessitam.
Na umbanda usamos ervas, perfumes, fogo, passes, etc. No nosso fundamento, não usamos sangue em hipóteses alguma. Neste lado, temos o grupo da saúde, que trabalhamos juntos com médiuns espíritas e a caridade é a principal característica. As imagens do médium recebem ervas e entram em sintonia com o médium.

O médium evolui durante sete anos, somente com cruzamentos e obrigações usando ervas.
Muitos assistidos preferem este lado, por não envolver sangue e por ser de uma linha menos impactante para quem não conhece ou tem medo dos rituais envolvendo animais.
Já na Quimbanda, lidamos com problemas mais densos. Os casos que vem para este lado são mais complicados e o médium durante seus anos de evolução utiliza ou não sangue nas suas imagens e em seus rituais.

Mas é importante ressaltar que animais só são usados em situações complicadas, principalmente, em casos envolvendo doenças, onde o animal é tratado com respeito. Na nossa terreira é cortado para os exus e pombas giras em duas ocasiões: novembro e agosto. Mas sempre com orientação do guardião de exú da casa: o Tiriri.




Temos alguns médiuns, que por orientação do sua entidade, a entidade da quimbanda se apronta e só usa ervas.
Na nação o uso de animais é mais comum, pois os orixás são pura energia, e o cavalo de santo necessita desta energia para evolução e para a realização destes rituais, que exigem uma forte energia.

De qualquer forma, a nossa terreira, tem espaços para todos que querem cumprir sua missão, dando oportunidade para quem utiliza os animais e tendo momentos para aqueles que não se sentem bem com estes rituais.

Tendo respeito e compreendendo a energia que envolve estas situações, tudo corre tranquilamente. O uso da palavra “pena” quando falamos de animais, demonstra que a pessoa desconhece o fundamento e a missão que temos a cumprir.


Para salvar uma criança que vai nascer, que foi desacreditada pelos médicos, usamos todos os recursos possíveis. Se um assistido vier por causa de uma doença grave, também usaremos todos os recursos possíveis. Todo tratamento vai passando por estes três alicerces.


É claro que no início tentamos ajudar com a Umbanda e só em último caso, a Quimbanda ou nação, que utilizam animais. Mas o importante é ajudar quem necessita e sem mitos envolvendo animais e verdades sem fundamento, por desconhecimento do que fazemos. 


terça-feira, 28 de junho de 2016

Obrigações na Umbanda e na Quimbanda

Cada casa possui um fundamento para evolução do médium. Na nossa terreira o médium, tem sete anos para realizar as obrigações mínimas para se tornar cacique e guardião de exú.
Para ser cacique o médium realiza a cada ano um ritual de cruzamento na umbanda. A data em nossa casa é sempre no aniversário da Mãe Oxum, que é dona das cachoeiras. Geralmente, em dezembro, na mata ou na terreira.

Para tanto, o ritual utiliza ervas (orientadas pelo plano espiritual), bebidas (7 tipos de bebidas), mel, ori e pemba, que servem para lavar nossas cabeças e dar assim, a energia necessária para mais um período de trabalhos!

As 7 bebidas são:
1 cerveja preta (doce)
1 cerveja Branca
1 guaraná
1 vinho tinto suave
1 vinho tinto seco
1 vinho branco
1 espumante

Esta obrigação é um reforço espiritual que o médium realiza para poder trabalhar na casa e fortalece o médium na sua evolução.


Estas bebidas são utilizadas em nossa Umbanda, servindo as entidades e ajudando no cruzamento que realizamos tanto na mata ou na praia, quando realizada.
Neste momento, muitas pessoas, são aceitas como médiuns de nossa casa.

Este ritual também pode ser realizado na praia e isso depende exclusivamente da orientação do chefe da casa: Xangô. Após sete anos, o médium cruza suas guias e é coroado cacique da casa, podendo continuar na casa, trabalhando e evoluindo.

É importante ressaltar que este coroamento vem junto com o compromisso e a responsabilidade que confirmamos com nossas entidades e nossos orixás. Portanto, muitos irmãos que não demonstraram estas qualidades pode não receber este coroamento. Mesmo tendo cumprido sete anos de cruzamento e obrigações. 




Já na linha da Esquerda, que tem o povo de almas envolvido, o médium também tem de cumprir o cruzamento por sete anos (sem interrupção), onde usamos cachaça e espumante para iniciar o médium.

O procedimento é simples em nossa casa, onde o médium com os braços cruzados recebe as bebidas, como também nos pés.

Só após sete anos de cruzamento o médium recebe o título de guardião de exú.

Tanto na Umbanda como na Quimbanda as obrigações servem como uma espécie de fonte de energia, que auxilia ao médium na sua evolução, nos seus trabalhos e nos demais rituais que procede na terreira.

domingo, 26 de junho de 2016

Dúvidas na Religião!

Sou assistido, sou filho de que orixá? Que entidade eu receberia?

Cada casa tem um fundamento quando estas questões surgem! Na nossa terreira, na umbanda ou na quimbanda a entidade tem de vir ao mundo e se apresentar! Caso isso não ocorra, dizemos que a pessoa não tem entidade nenhuma se manifestando e portanto, deve esperar o momento adequado. Se isso ocorrer! 

Não jogamos para ver que entidade a pessoa poderia desenvolver na umbanda e nem na Quimbanda. Isso deve ocorrer, naturalmente, e sem adivinhações. Até porque é muito comum recebermos pessoas ou médiuns de outras casas que dizem ter jogado e visto que eram de um determinado exú, por exemplo, e quando a entidade realmente vem ao mundo, é outra!

Sempre que uma entidade chega em nossa casa pela primeira vez, ela se apresenta! 
Tive já inúmeras pessoas que frequentaram minha casa nestas condições. Tive uma filha de santo que nas cartas, em outra terreira, foi orientado que ela tinha uma rainha das almas. Mas quando começou os trabalhos na minha casa, ela recebia uma Mulambo, que não aceitava aquela situação.
Isso gera inúmeros problemas e prejudica a evolução do médium.

Atualmente, tenho um filho que na outra casa o Cacique disse que ele tinha um Tiriri, que deveria até assentar uma imagem. Mas quando veio até a minha casa, recebeu pela primeira vez um Zé Pilintra, que também afirmava que não iria permitir uma entidade assumir seu médium.

A pressa em querer saber que entidade o médium irá receber, atrapalha a evolução do mesmo! Tudo deve acontecer naturalmente! Sem atropelos! 
Nos dois casos,  a vida destas pessoas estava muito complicada, onde tudo estava trancado (serviço, amor, etc) por estar com uma entidade “trocada”.
Isso prejudica tanto o médium que o mesmo passa anos numa terreira e não recebe nada nas sessões. 
E depois que esta situação é solucionada, a vida do médium toma ruma e as diversas coisas trancadas se resolvem.





E os assistidos que querem saber que entidade receberiam, se trabalhassem na religião? Não há motivo para saber a resposta desta pergunta! A pessoa só esta curiosa, e nem pretende assumir este compromisso, e então, não tem lógica ficar vasculhando espiritualmente quem é ou não sua entidade!

Portanto, nosso fundamento, é deixar naturalmente que estas entidades se manifestem e venham a este plano para trabalhar e ajudar quem necessita de qualquer tipo de conforto.

E os orixás? Sempre que um cavalo de santo chega a nossa terreira, jogamos para ver que orixá responde por ele, mas a confirmação só ocorre quando realizamos nossos batuques onde o próprio orixá ocupa seu cavalo.

Fazemos isso e em oito anos de casa não temos nenhum caso de uma pessoa estar com o santo trocado ou errado. E nem com algum méium que esteja trabalhando com uma entidade da umbanda ou da quimbanda que estejam com a entidade errada!

Mas é como disse antes, onde cada casa tem seu fundamento e sua maneira de agir e trabalhar estas situações.

O importante é não ter pressa e não querer ultrapassar limites. Tudo deve acontecer ao natural e com a certeza que tudo vem ao seu tempo e na hora certa. 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Festa para Iansã

Orixá guerreira, Oyá esposa amada de Xangô, recebe dele o título de Iansã que faz referência ao entardecer, que pode ser traduzido como “a mãe do céu rosado” ou a “mãe do entardecer”, contudo sua cor predominante na nossa nação é o vermelho e branco.
Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Deixou Ogum para viver este grande amor com Xangô!
Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais da Religião, e se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura – enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
Iansã é extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante em suas lendas, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. Iansã é o orixá do arrebatamento, da paixão.
Mas quando acha seu verdadeiro amor, cobra fidelidade e é extremamente vingativa quando mexem com sua família. 





















Os filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição – que não a que ele mesmo faz contra o ser amado.
Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.

sábado, 11 de junho de 2016

Congá Na Umbanda


Todos nós sabemos que cada terreira tem seu fundamento, pois as orientações espirituais que recebemos, depende de cada entidade chefe (guia)!

As cores mudam de nação para nação. 

Em nossa casa o congá é organizado da seguinte maneira:

Na parte superior a presença do Pai Oxalá (imagem de Jesus) e da Mãe Iemanjá. 

É importante para destacar os pais dos  médiuns de nossa casa!

Ao lado deles, temos o Pai Xangô (São Gerônimo) que é o guia espiritual de nossos trabalhos! Isso demonstra respeito a entidade que nos orienta em todas ações dentro da Umbanda!

Na parte abaixo, colocamos todos os Oguns (São Jorge) de nossa casa (Ogum Megê, Ogum sete Ondas, etc)! Eles são os responsáveis pela nossa proteção! 
São acompanhados pelas mães Oxum (Nossa Senhora Conceição), Mãe Iansã (Santa Bárbara) e Mãe Obá (Santa Catarina).

Na prateleira abaixo destes, são colocados os índios (caboclos) que nós ajudam na saúde, na proteção e etc. Santo Antônio (Bará), Ossanhã (São Cristovão), Xapanã (São Lázaro), São Francisco de Assis (Xangô – protetor dos animais de nossa casa) estão juntos neste degrau espiritual!

Logo abaixo, disponibilizamos: Cosme Damião e os pretos Velhos, que ajudam em todos trabalhos, mas principalmente com crianças, saúde, mandigas etc.

Todos, em nossa casa, tem em sua frente sua respectiva bebida!

Imagem (Santo)
Sincretismo
Cor da vela
Bebida
Jesus
Oxalá
Branca
Guaraná
Nossa Senhora dos Navegantes
Iemanjá
Azul claro
Guaraná
São Gerônimo
Xangô
Marrom
Cerveja preta
São Jorge
Ogum
Vermelha, branco e verde
½ de cerveja e ½ de guaraná
Santa Bárbara
Iansã
Vermelho (embaixo) e branco (em cima)
½ de cerveja e ½ de guaraná
Preto velho
Preto velho
Preto e branco
Vinho suave, café preto etc
Cosme Damião
Ibeje
Azul claro ou rosa
Guaraná
Nossa Senhora da Conceição
Oxum
Amarelo
Guaraná
Santa Catarina
Obá
Rosa
Guaraná
São Lazaro
Xapanã
Lilás
Guaraná
São Cristovão
Ossanhã
Verde e amarelo
Guaraná

Os Caboclos (índios) bebem guaraná em nossa casa e usamos velas Brancas ou verdes!

Todos que pertencem a nossa corrente devem evoluir e adquirir estas imagens, durante os sete (7) anos de aprendizado na Umbanda, para se tornarem caciques!


Estes anos de aprendizado podem ser menos, isso vai depender da caminhada de cada médium e principalmente de sua reforma íntima, para conquistarem esta responsabilidade de serem caciques de umbanda

Cabe ressaltar mais uma vez, que está é um maneira de organizar as imagens no congá (altar). O mais importante é ter fé, amor, carinho e respeito pelas entidades que trabalhamos para ajudar aqueles que nos procuram.

Também é importante lembrar que não se deve organizar um congá, sem o devido preparo e axés disponibilizados pelo guia chefe da casa. E ter certeza do que está fazendo, para depois não despachar tudo, ou seja, isso não é brinquedo, é algo que exige muita seriedade. 


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Zé Pilintra

Zé Pilintra é uma entidade que chama atenção, por ser diferente, por usar roupas brancas,  lenço, etc.
A figura de Zé Pelintra, é a entidade que mais aparece nos desfiles de escolas de samba, sendo então uma entidade que  perneia o imaginário popular da cultura brasileira e é retratada de diversas maneiras, principalmente quando o cenário envolve a malandragem e a boemia.
Muito já se foi escrito sobre ele, mas na realidade seu zé pilintra apesar da "Fama de malandro" de boêmio, de beberrão, de mulherengo é uma entidade fantástica. Ajuda muito quando o assunto envolve vícios e amor.



Ao contrario da imaginação popular seu zé Pilintra, é uma das Entidades que mais dignificam a nossa Umbanda. E está presente em todos trabalhos que auxiliam os assistidos dentro de uma terreira.
Seu zé pilintra tem uma caracterisca marcante a alegria, gosta de dançar, de uma geladinha (cerveja).  Sua conversa é sempre franca, alegre e ao mesmo tempo firme, quando ajuda os assistidos.                      


Na gira ao contrário das outras entidades que esperam o momento de dar os seus passes pra falar com os consulentes, seu Zé pilintra já chega abraçando a todos, cumprimentando um a um.  Carinhoso, afetivo e muito divertido são suas principais carcterísticas.
fala muito, não tem parada e faz todos se sentirem em casa. Por isso seu atendimento demora tanto, pois adora uma conversa.


Os assistidos gostam de conversar muito com ele, pois apesar dos problemas, ele sempre consegue tirar um sorriso ou uma boa risada.  Adora comer farofa e beber uma boa bebida, geralmente de ótima qualidade. Não aceita qualquer coisa.



A farofa vem geralmente  no chão uma toalha branca onde vai a comida e as bebidas.

Dança, bebe, fuma.
Está sempre pronto pra ajudar.  Seu zé Pilintra é todo coração.