Cada casa possui um fundamento
para evolução do médium. Na nossa terreira o médium, tem
sete anos para realizar as obrigações mínimas para se tornar cacique e guardião
de exú.
Para ser cacique o médium realiza
a cada ano um ritual de cruzamento na umbanda. A data em nossa casa é sempre no
aniversário da Mãe Oxum, que é dona das cachoeiras. Geralmente, em dezembro, na
mata ou na terreira.
Para tanto, o ritual utiliza
ervas (orientadas pelo plano espiritual), bebidas (7 tipos de bebidas), mel,
ori e pemba, que servem para lavar nossas cabeças e dar assim, a energia
necessária para mais um período de trabalhos!
As 7 bebidas são:
1 cerveja preta (doce)
1 cerveja Branca
1 guaraná
1 vinho tinto suave
1 vinho tinto seco
1 vinho branco
1 espumante
Esta obrigação é um reforço espiritual
que o médium realiza para poder trabalhar na casa e fortalece o médium na sua
evolução.
Estas bebidas são utilizadas em
nossa Umbanda, servindo as entidades e ajudando no cruzamento que realizamos
tanto na mata ou na praia, quando realizada.
Neste momento, muitas pessoas,
são aceitas como médiuns de nossa casa.
Este ritual também pode ser
realizado na praia e isso depende exclusivamente da orientação do chefe da
casa: Xangô. Após sete anos, o médium cruza suas guias e é coroado cacique da
casa, podendo continuar na casa, trabalhando e evoluindo.
É importante ressaltar que este coroamento
vem junto com o compromisso e a responsabilidade que confirmamos com nossas
entidades e nossos orixás. Portanto, muitos irmãos que não demonstraram estas
qualidades pode não receber este coroamento. Mesmo tendo cumprido sete anos de cruzamento e obrigações.
Já na linha da Esquerda, que tem o povo de almas envolvido,
o médium também tem de cumprir o cruzamento por sete anos (sem interrupção),
onde usamos cachaça e espumante para iniciar o médium.
O procedimento é simples em nossa casa, onde o médium com os
braços cruzados recebe as bebidas, como também nos pés.
Só após sete anos de cruzamento o médium recebe o título de
guardião de exú.
Tanto na Umbanda como na Quimbanda as obrigações servem como
uma espécie de fonte de energia, que auxilia ao médium na sua evolução, nos
seus trabalhos e nos demais rituais que procede na terreira.
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