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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Sacrifício de animais


Nossa terreira tem três alicerces que regem nossos trabalhos: a umbanda, a quimbanda (povo de almas e ciganos) e a nação (orixás).
Cada lado tem seu fundamento específico, mas interligados pela energia e principalmente pela missão, que é a de ajudar a todos que necessitam.
Na umbanda usamos ervas, perfumes, fogo, passes, etc. No nosso fundamento, não usamos sangue em hipóteses alguma. Neste lado, temos o grupo da saúde, que trabalhamos juntos com médiuns espíritas e a caridade é a principal característica. As imagens do médium recebem ervas e entram em sintonia com o médium.

O médium evolui durante sete anos, somente com cruzamentos e obrigações usando ervas.
Muitos assistidos preferem este lado, por não envolver sangue e por ser de uma linha menos impactante para quem não conhece ou tem medo dos rituais envolvendo animais.
Já na Quimbanda, lidamos com problemas mais densos. Os casos que vem para este lado são mais complicados e o médium durante seus anos de evolução utiliza ou não sangue nas suas imagens e em seus rituais.

Mas é importante ressaltar que animais só são usados em situações complicadas, principalmente, em casos envolvendo doenças, onde o animal é tratado com respeito. Na nossa terreira é cortado para os exus e pombas giras em duas ocasiões: novembro e agosto. Mas sempre com orientação do guardião de exú da casa: o Tiriri.




Temos alguns médiuns, que por orientação do sua entidade, a entidade da quimbanda se apronta e só usa ervas.
Na nação o uso de animais é mais comum, pois os orixás são pura energia, e o cavalo de santo necessita desta energia para evolução e para a realização destes rituais, que exigem uma forte energia.

De qualquer forma, a nossa terreira, tem espaços para todos que querem cumprir sua missão, dando oportunidade para quem utiliza os animais e tendo momentos para aqueles que não se sentem bem com estes rituais.

Tendo respeito e compreendendo a energia que envolve estas situações, tudo corre tranquilamente. O uso da palavra “pena” quando falamos de animais, demonstra que a pessoa desconhece o fundamento e a missão que temos a cumprir.


Para salvar uma criança que vai nascer, que foi desacreditada pelos médicos, usamos todos os recursos possíveis. Se um assistido vier por causa de uma doença grave, também usaremos todos os recursos possíveis. Todo tratamento vai passando por estes três alicerces.


É claro que no início tentamos ajudar com a Umbanda e só em último caso, a Quimbanda ou nação, que utilizam animais. Mas o importante é ajudar quem necessita e sem mitos envolvendo animais e verdades sem fundamento, por desconhecimento do que fazemos. 


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